Segundo Vicente Lemos, produtor da cachaça Volúpia, o Brasil produz 1,5 bilhão de litros de cachaça por ano. Desse total, apenas 0,6% é destinado ao mercado exterior. "A questão é um pouco problemática lá fora. O produto ainda é pouco conhecido e muitas pessoas pensam que ele só serve como base da caipirinha", explica Vicente, que apesar das dificuldades, exportou no ano passado mais de mil garrafas para a França e Alemanha.
Enquanto por aqui uma garrafa de cachaça custa até R$ 40,00 reais, nos bares e lojas de conveniências da Europa ela chega facilmente aos € 50 euros. De acordo com Antônio das Chagas da Silva Sobrinho, presidente da Associação Paraibana dos Engenhos de Cana-de-açúcar (Aspeca), mais de 20 cachaças paraibanas possuem o registro do Ministério da Agricultura e Abastecimento. Todas com condições de exportar. "Falta apenas divulgação", sentencia.
Nos últimos cinco anos, a produção de cachaça na Paraíba teve um investimento de R$ 10 milhões e mais de 30 engenhos voltaram a funcionar. Em média, 15 novas marcas surgiram no mercado e pelo menos 10 já ocupam um lugar de destaque entre os destilados nacionais.
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