Os sindicatos de indústrias de Pernambuco serão beneficiados, a partir de junho, com o projeto de estímulo ao associativismo. Em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) firmou um convênio de 18 meses e investimento total de R$ 500 mil. A idéia da ação é convocar 100 novas indústrias (formais e informais) para integrarem associações e, com isso, fortalecerem cerca de 38% dos sindicatos estaduais.

Em conjunto com a diretoria dos sindicatos de setores como vestuário, químico, fármaco e cosméticos, construção civil, móveis e indústria gráfica, após a execução do projeto – em dezembro de 2008 –, a coordenadora da Unidade de Competitividade Industrial da Fiepe, Margarida Lima, espera que a categoria obtenha mais representatividade e fortalecimento sustentável. "Vamos fazer um trabalho integrado ao Programa Cooperar. Os gestores já conveniados, assim como os empresários do setor informal, vão receber capacitação e participar de atividades que envolvam a gestão administrativa", diz. Uma das metas estabelecidas pelo convênio é reduzir a inadimplência nos sindicatos.

Na primeira etapa do projeto será realizado, no período de três meses, um levantamento da estrutura física das unidades até a atuação dos recursos humanos e financeiros. As capacitações e reuniões, com temas ligados a cada associação, vão compor o cronograma mais vasto das ações e vão ter duração de 12 meses. Para a conclusão das atividades, as equipes da Fiepe pretendem buscar as potencialidades de cada empreendimento para a oferta de consultoria.

Há quase três anos sob consultoria da Federação, o Sindicato de Produtos Farmacêuticos, Cosméticos e Perfumaria (Sinfacope) atua com 25 empresas associadas e trabalha para agregar mais participantes. Felipe Coelho, presidente do Sinfacope, indica que cerca de 25% do público atual foi gerado pela participação do sindicato no Programa Cooperar. Ele espera que o apoio ao associativismo ajude a solucionar problemas estruturais da categoria. "O apoio da Fiepe oferece o desenvolvimento de um novo modelo de gestão. O negócio das associações deve ser a prestação de um bom serviço para chamar atenção de novos associados", afirma.