Projeto orienta quanto a Saúde e Segurança em Micro e Pequenas Empresas
Por Valter Barbosa - Campina Grande/PB - Publicado 12 de março de 2007
Uma iniciativa conjunta do SESI, do Sebrae e do IEL está orientando empresas para o atendimento às eBuscando aumentar a competitividade das Micro e Pequenas Empresas, estimulando a melhoria de suas práticas e desempenhos, o Projeto Saúde e Segurança no Trabalho para Micro e Pequenas Empresas, na Paraíba, reinicia suas atividades focando as empresas do ramo moveleiro, as primeiras a se beneficiar com o projeto este ano, recebendo capacitação voltada ao desenvolvimento de ações na área de Saúde e Segurança, que busquem a melhoria efetiva no ambiente de trabalho, redução de acidentes e de doenças do trabalho, redução do absenteísmo, entre outros.
Posteriormente, através da Modalidade Boas Práticas de Gestão em Saúde e Segurança no Trabalho, serão capacitados na Paraíba, empresários do ramo da construção civil, calçados, alimentação e industria têxtil. Eles levarão para suas empresas informações sobre o uso de ferramentas de gestão como: utilização de diagnóstico da Gestão em Saúde e Segurança no Trabalho; identificação e Avaliação de Agentes Ambientais; levantamento de Requisitos Legais, além da elaboração e implementação de Plano de Ação em SST.
O Projeto Saúde e Segurança no Trabalho para Micro e Pequenas Empresas, beneficiou em 2006 na Paraíba 70 empresas dos mais variados ramos, nas cidades de João Pessoa, Campina Grande, Pombal e São Bento.
Dados alarmantes - De acordo com o Boletim Estatístico dos Acidentes de Trabalho, elaborado pelo Ministério da Previdência Social, 458.956 trabalhadores foram vítimas de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais em 2004. Os dados impressionam, especialmente para as pequenas empresas, que tem dificuldades para implementar sozinhas ações de saúde e segurança no trabalho.
De acordo com o especialista em Saúde e Segurança do SESI, Vitor Gomes, o seguro de acidentes de trabalho da Previdência Social cobre apenas um décimo do que é gasto com os problemas decorrentes dos sinistros. “As empresas têm gastos com substituição das máquinas, treinamento de novos trabalhadores para substituir os acidentados e tempo com produção paralisada devido ao acidente. Tudo isso gera um prejuízo de cerca de R$ 50 bilhões por ano, o que representa quase 2,5% do PIB”, diz.
Os acidentes estão sendo vistos com crescente preocupação pelas empresas, porque são parte representativa do custo Brasil. “Eles fazem com que o país tenha menores condições de competitividade e dificuldades em exportar”, lembra Gomes. Segundo ele, o projeto mostra às empresas que o cuidado com saúde e segurança é, na verdade, um investimento e não um gasto a mais.
Segundo o consultor do SESI, Rene Mendes, os dispositivos legais para a prevenção de acidentes são voltados na sua grande maioria para as médias e grandes empresas. Mas, para implementar o programa, o SESI adaptou seu modelo de serviços na área às necessidades especificas e limitações dos pequenos negócios.
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