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Revisão da resolução CONAMA permite à Petrobras reduzir emissões em projetos através de plataformas eletrificadas

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 07 de outubro de 2021

Revisão regulatória aprovada hoje pelo CONAMA (07) propicia a redução de emissões das plataformas de petróleo pelo incentivo ao uso de energia elétrica


A mudança na resolução aprovada nesta quinta-feira particularizou a aplicabilidade dos limites de emissões a partir da geração de energia elétrica em operações offshore.

A Petrobras encontra-se preparada tecnologicamente para adotar plataformas totalmente eletrificadas e, com a alteração da Resolução 382/2006 aprovada hoje pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), está apta a incorporar a tecnologia all electric em suas novas unidades marítimas. Essa configuração é mais eficiente e permite utilizar menos combustível para geração de energia na plataforma, com menor emissão tanto de gases de efeito estufa como de outros gases (como o NOx).  Os estudos demonstraram que essa configuração permite uma redução de até 20% das emissões em relação à configuração atualmente adotada.

A revisão da resolução atende a pleito da Confederação Nacional da Indústria (CNI) junto ao Conama, suportado pelo Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), que representa o setor de óleo e gás. Para as discussões sobre a alteração da norma, foram apresentados estudos para avaliar os ganhos ambientais do uso da configuração de uma planta com maior eletrificação nas plataformas de produção de petróleo e gás. Constatou-se que, em relação ao arranjo convencional, são reduzidas as emissões tanto de gases de efeito estufa quanto de outros gases da combustão (por exemplo óxidos de nitrogênio).

A mudança na resolução aprovada nesta quinta-feira particularizou a aplicabilidade dos limites de emissões a partir da geração de energia elétrica em operações offshore. A alteração na resolução possibilitará a centralização da geração de energia em um único ponto das plataformas, de forma otimizada, distribuindo energia elétrica para os demais equipamentos.  O pleito do setor incluiu estudo realizado pelo Professor Paulo Artaxo, do Instituto de Física da USP, que concluiu que a proposta de ajuste traz um efeito positivo nas emissões, fazendo sentido do ponto de vista científico, ambiental e de engenharia.

“O conceito all electric é ambientalmente desejável e relevante para a trajetória de descarbonização e para o cumprimento dos compromissos de sustentabilidade da Petrobras e da indústria de óleo e gás como um todo. Ter melhor eficiência em carbono também favorece a indústria nacional, pois há mais possibilidade de oferta de equipamentos nacionais em substituição a equipamentos que hoje são importados, e representa maior competividade para o petróleo e gás brasileiro nos mercados futuros internacionais”, destaca do diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade, Roberto Ardenghy.

A Petrobras segue comprometida com a transição para uma economia global de baixo carbono como imperativo ético e de competitividade. Nos últimos anos, vem diminuindo as emissões, conforme o compromisso de 25% de redução até 2030 em relação a 2015.  Na exploração e produção, a empresa emite hoje 47% menos gases de efeito estufa por cada barril de óleo equivalente produzido do que em 2009. A companhia busca produzir energia acessível para a sociedade, com uma operação segura, eficiente, de baixo custo e com menos emissões e, recentemente, anunciou a ambição de atingir a neutralidade das emissões nas atividades sob seu controle, em prazo compatível com o estabelecido pelo Acordo de Paris.

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