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Senado comemora os 110 anos da educação profissional no Brasil

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 19 de novembro de 2019

Sessão especial destacou a importância do ensino técnico para o país

O Senado realizou uma sessão especial nesta segunda-feira (18) para comemorar os 110 anos da educação profissional no país. Alunos e funcionários de várias escolas técnicas de todo o país, inclusive do Sistema S, participaram. 

O senador Paulo Paim (PT/RS) presidiu a sessão. Ele recordou que em 1909, houve a criação da Escola de Aprendizes Artífices, que deu origem ao atual sistema de educação profissional e técnica do país. Paim destacou que a educação profissional e tecnológica tem papel estratégico no processo de desenvolvimento do país. E falou dos tempos em que foi aluno do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). "Quero reverenciar e saudar aqui o Sistema S. Inclusive, porque sou oriundo do SENAI. Aprendi a ser matrizeiro de moldes para fundição de peças em ferro, alumínio e plástico", lembrou o parlamentar. 

Paulo Paim defendeu a importância do trabalho do Sistema S para o país. "O Sistema S é composto por 9 instituições: o Serviço Social da Indústria (SESI), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), o Serviço Social do Comércio (Sesc), o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Serviço Social do Transporte (Sest), Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Em todos esses anos, milhões de jovens já foram qualificados. Salve o Sistema S. Por isso entendo que é um equívoco querer desconstituir a importância do Sistema S para o ensino técnico e profissionalizante, para o crescimento e o desenvolvimento do Brasil. O caminho certo é o de ampliar o Sistema S", afirmou o senador. 

SENAI - O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial foi representado pelo diretor de operações, Gustavo Leal, e pela diretora de Relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mônica Messenberg.

No discurso na tribuna, Leal destacou a influência do modelo alemão, que foi a base dos primeiros cursos de formação profissional no Brasil. "O SENAI se orgulha muito de ter podido participar não dos 110 anos do ensino técnico no Brasil, mas dos 77 anos desse ensino técnico, em que nós tivemos uma participação relevante e cada vez mais importante para o processo de industrialização do Brasil. Os estudiosos dizem que a participação do SENAI foi determinante no processo de industrialização do País, nos cursos de aprendizagem industrial, um modelo diferente do modelo educacional brasileiro: um modelo mais alemão, com uma pegada dual, com a participação da indústria na formação do jovem. E isso foi profundamente transformador e é a base do êxito da atuação do SENAI", disse o diretor.

Leal ressaltou ainda que o SENAI trabalha para atender as necessidades da indústria brasileira e oferece diversos tipos de cursos, desde os de curta duração, de qualificação, os técnicos, superiores e de pós-graduação. "Existem algumas características na atuação do SENAI que são muito distintivas. Uma delas é que nós somos muito orientados pelo mercado. Nós procuramos entender exatamente qual a necessidade do setor industrial – e nós estamos falando aqui de 28 diferentes setores industriais –, entender essa necessidade e desenvolver uma educação profissional aderente a essas necessidades", explicou. 

Representando o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, a diretora Mônica Messenberg, destacou que em 77 anos o SENAI já formou mais de 76 milhões de alunos em todo o país. E que tanto o SENAI quanto o SESI têm a finalidade de ajudar a indústria brasileira a ser mais competitiva, para que os produtos nacionais possam ser inseridos nos mercados globais.

"O SENAI hoje é uma instituição decisiva para concretizar programas estratégicos de qualificação e requalificação de trabalhadores. Isso cria oportunidades reais para inclusão, permanência ou reinserção dessas pessoas no mercado, em especial na indústria", disse Mônica Messenberg. 

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