Desde que desembarcou em solo brasileiro, o coronavírus deixou marcas profundas na saúde da população e na economia país. Embora duramente afetadas, muitas empresas industriais se prontificaram a empregar capacidades técnica e produtiva e puseram-se na linha de frente do combate à covid-19. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) não ficou de fora e se uniu ao esforço nacional protagonizando iniciativas solidárias ao esforço nacional para preservar vidas.
Sob a coordenação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o SENAI já investiu R$ 67,4 milhões em ações voltadas ao combate ao novo coronavírus. Do conserto de centenas de respiradores mecânicos à produção e à doação de insumos essenciais ao sistema de saúde e aos profissionais, as instituições têm buscado fazer a diferença, mitigando os impactos da pandemia sobre a saúde pública e contribuindo para que o Brasil tenha condições de voltar, o quanto antes, à normalidade.
“O SENAI possui hoje a maior rede de apoio à inovação e ao aumento de produtividade na indústria, que está sendo colocada à disposição de toda sociedade brasileira neste momento em que o Brasil e o mundo enfrentam um grave problema”, explica Robson Braga de Andrade, presidente da CNI. “Cumprindo com a missão que possui desde 1942, o SENAI reafirma seu compromisso de ajudar o país em seus momentos mais decisivos”, completa.
1. SENAI aposta na inovação para encontrar soluções no combate à covid-19
Dentre o conjunto da ações realizados pelo SENAI, a iniciativa de maior valor é o aporte, via Edital de Inovação para a Indústria, de R$ 15 milhões em cerca de 25 projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) para se colocar no mercado, no curto prazo, produtos e soluções – como testes rápidos de detecção da doença – para se prevenir e diagnosticar a covid-19.
Ao todo, 34 projetos já foram selecionados, em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) – que, juntas, também destinaram R$ 15 milhões próprios aos projetos.
O SENAI também vai prestar mentoria gratuita às empresas que quiserem fabricar equipamentos de proteção individual (EPIs), pivotar ou ampliar a produção existente. As inscrições estão abertas, até 31 de maio, no site do Edital de Inovação para a Indústria. O treinamento on-line, que tem duração de oito horas, será realizado pela rede de 27 Institutos SENAI de Inovação e 60 Institutos SENAI de Tecnologia distribuídos pelo país.
Investimento SENAI: R$ 15 milhões
2. SENAI coordena rede de conserto de respiradores
As medidas adotadas também mostram que, com baixo investimento, os benefícios à sociedade podem ser expressivos. Coordenada pelo SENAI, a iniciativa de manutenção de respiradores mecânicos, em parceria com 20 empresas e institutos de pesquisa: ArcelorMittal, Fiat Chrysler Automóveis (FCA), Fio Cruz, Ford, General Motors (GM), Honda, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e POLI-USP, Jaguar Land Rover, Mercedes-Benz do Brasil, Moto Honda, Renault, Scania, Toyota, Troller, Usiminas, Vale e Volkswagen do Brasil, com o apoio do Ministério da Saúde, do Ministério da Economia, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da ABEClin. A rede já recebeu 2.647 equipamentos, que estão sendo consertados sem custo para os hospitais. Destes, 666 já foram entregues (dado de 11/05). Em manutenção, 1.173 respiradotes. Em calibração, 263.
A meta da iniciativa é consertar 3.600 respiradores que estão fora de funcionamento Brasil afora, com custo estimado de R$ 5 mil para cada equipamento. Assim, para o sistema de saúde, deve haver uma economia de R$ 18 milhões para recolocar os ventiladores novamente em operação.
Investimento SENAI: previsão de chegar a R$ 10 milhões
Impacto qualitativo: potencial de salvar 36 mil vidas (2 vidas por mês por respirador, durante 5 meses)
3. SENAI também atua no apoio à produção nacional de respiradores
Além de fazer o reparo, o SENAI também está apoiando a produção nacional dos aparelhos com, pelo menos, 5 mil novos equipamentos fabricados no Brasil sendo destinados ao sistema de saúde.
Investimento SENAI: já contabilizado pelo Edital de Inovação para a Indústria
Impacto quantitativo: estima-se uma economia de até R$ 125 milhões para o sistema de saúde, pela substituição da importação de 5 mil respiradores a um custo unitário médio de US$ 15 mil por respiradores nacionais, com custo unitário médio de R$ 50 mil.
Exemplo: O SENAI – SC apoiou a empresa Leistung a formar uma parceria com a WEG, de tal forma a aumentar a produção de 5 para 50 respiradores ao dia, totalizando assim uma produção de até 500 respiradores que serão fabricados por este consórcio.
4. Investimento para ampliação do número de testes rápidos
A ampla testagem da população para detecção de focos da covid-19 é medida essencial para a rápida detecção e o controle mais efetivo da disseminação do coronavírus na população. Com o objetivo de contribuir para o aumento do número de diagnósticos realizados, o SENAI está apoiando iniciativas que levem ao aumento da oferta de testes rápidos a custos menores.
Investimento SENAI: valor já contabilizado pelo Edital de Inovação para a Indústria
Impacto quantitativo: responsável por um dos projetos financiados pelo Edital, a empresa Hi Technologies ampliará a oferta de 10 mil para 500 mil testes rápidos por mês, com o custo unitário sendo reduzido de R$ 130 para R$ 60. Com isso, estima-se uma economia de R$ 35 milhões por mês para os consumidores e para o sistema de saúde.
Ainda dentro da iniciativa de ampliar o número de testes rápidos (examos clínicos PCR), o SENAI tem capacidade de processar, em seus laboratórios, mais de 1,2 mil testes padrão ouro da Organização Mundial da Saúde (OMS) por dia, sendo 1 mil no Instituto SENAI de Inovação de Química Verde, no Rio de Janeiro, e 200 no Instituto SENAI de Inovação em Saúde, em Salvador.
Investimento SENAI: valor já contabilizado pelo Edital de Inovação para a Indústria
5. Produção de EPIs contribui para o esforço de prevenção
O SENAI atua, também, no apoio às empresas para que ampliem a produção de equipamentos de proteção individual (EPIs), tanto hospitalares quanto de uso comum. Além de fabricar os materiais em suas instalações, o SENAI oferece consultoria e suporte a empresas na especificação e fabricação dos produtos, pela fornecimento de fichas técnicas e treinamentos gratuitos, e no desenvolvimento de novas tecnologias. Outra linha de atuação é a oferta de material antisséptico para ampliação da produção nacional e substituição de insumos importados.
Investimento SENAI: R$ 28,814 milhões (em 04/05)
Impactos quantitativos: no apoio às empresas para a produção de EPIs, o SENAI já ofereceu treinamentos e fichas técnicas para a produção de máscaras hospitalares, protetores faciais (faceshield), luvas e álcool antisséptico. Também apoiou na produção, doação e distribuição dos seguintes itens em 23 estados brasileiros, com apoio de 270 empresas parceiras. Os dados de produção abaixo são do 05/04:
- 1 milhão de máscaras cirúrgicas: R$ 10 milhões
- 133 mil vestimentas hospitalares (aventais, capotes, toucas e propés): R$ 2,66 milhões
- 262,5 mil protetores faciais faceshield: R$ 2,625 milhões
- 140,5 mil litros de álcool antisséptico (gel, líquido e glicerinado): R$ 2,529 milhão
- 2.200.000 máscaras de uso comum: R$ 11 milhões
6. SENAI segue apoiando a formação e a qualificação profissional
O período de afastamento social pode ser oportunidade para aprimorar o conhecimento e adquirir novas competências. Com o objetivo de apoiar a requalificação do trabalhador da indústria, o SENAI ofereceu acesso gratuito a cursos em temas como Indústria 4.0 e digitalização de processos produtivos, entre outros.
Investimento SENAI: R$ 13,6 milhões
Impacto qualitativo: 534.182 matrículas realizadas e acesso a recursos didáticos por 140 mil usuários
A Indústria contra o coronavírus: vamos juntos superar essa crise
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