O SENAI Paraíba é referência em ações de inovação e tecnologia, que contribuem para a sustentabilidade da indústria e da sociedade, bem como na oferta de diversos cursos profissionalizantes destinados a pessoas que desejam estar alinhadas às demandas da sociedade. Mas, além disso, o SENAI promove a transformação social ao apoiar a autonomia e a capacitação profissional de pessoas em situação de vulnerabilidade.
Foi a partir dessa concepção que um grupo de estudantes de Direito, da UNINASSAU de Campina Grande, realizou uma pesquisa sobre os cursos oferecidos, desde 2019, pelo SENAI, em parceria com a Penitenciária de Reeducação Feminina Maria Júlia Maranhão, a Penitenciária de Segurança Média Juiz Hitler Cantalice, localizadas em João Pessoa, o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) e a Associação de Esposas dos Magistrados e Magistradas da Paraíba (AEMP-PB). O objetivo do estudo foi analisar os impactos dessas capacitações na ressocialização de detentos do sistema penitenciário paraibano, a partir da inserção destes no mercado de trabalho.
Entre os cursos oferecidos, destacam-se os de Panificação e Confeitaria, Costureiro Industrial e Pintor de Obras. Esses cursos são na modalidade de qualificação, com duração aproximada de 40 dias letivos e uma carga horária média de 160 horas.
Para os cursos de Panificação e Confeitaria, o SENAI utiliza o Programa de Ações Móveis, que conta com um veículo adaptado estacionado em frente às penitenciárias. Esse veículo funciona como uma oficina volante de treinamento, equipada com os recursos necessários para o desenvolvimento das atividades de padaria e confeitaria. Isso inclui equipamentos, ferramentas, mobiliário e recursos humanos.
Segundo o trabalho, “as qualificações profissionais realizadas junto aos detentos, têm o propósito de atualizar e qualificar esse público para o exercício diário de suas atividades, com segurança e proatividade, mas, sobretudo, de contribuir junto ao estado, com a remissão da pena dessas pessoas”.
A presidente da Associação de Esposas dos Magistrados e Magistradas da Paraíba, Solange Franca, elogiou o projeto e ressaltou os resultados positivos que ele tem trazido aos detentos. “É gratificante enxergar nessas pessoas um olhar de esperança e perspectiva de melhorar suas vidas de forma digna e profissional. Estamos, também, investindo com o viés de profissional autônomo”, disse.
A educação prisional, nesse sentido, tem uma grande importância na ressocialização dos detentos, bem como no desenvolvimento de habilidades e direcionamento à empregabilidade. Por isso, o SENAI atua como agente transformador da sociedade, contribuindo com a qualificação profissional de pessoas em vulnerabilidade social.
Texto/Colaboração | Igor Batista