Aprovadas na quinta-feira (7) pelo Conselho Nacional de Educação, as novas diretrizes curriculares do Novo Ensino Médio trazem avanços importantes para a etapa no país. Derivadas da Lei nº 14.945/2024, que altera as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) para sistematizar aprendizados e atender às demandas de educação da sociedade, as novas diretrizes flexibilizaram a implementação do novo ensino médio em 2025, para facilitar a transição e atender à diversidade de realidades de cada rede de ensino.
O novo modelo passa a ser obrigatório só em 2026, entretanto, mantendo o pioneirismo na implementação do Novo Ensino Médio, o Serviço Social da Indústria (SESI) instituirá as novas normas da etapa estudantil por completo desde a primeira série a partir de 2025, pois já está elaborando os materiais didáticos para isso. Em 2024, a instituição completou sete anos de implementação, com mais de 170 mil alunos que cursaram o Novo Ensino Médio. Até 2022, foram mais de 612 turmas, em 316 escolas por todos os estados do Brasil. Além de um crescimento de 38% do novo formato na rede SESI.
“O SESI vem acompanhando esse debate de perto e se preparando para fazer uma implementação completa na 1ª série do ensino médio que oferece em 2025. Queremos manter nossa posição de pioneirismo nas inovações educacionais que são possibilitadas pela nova resolução e já estamos desenhando seis Itinerários Formativos de Aprofundamento e dez itinerários técnicos e profissionais alinhados à nova lei”, detalha o Superintendente de Educação do SESI, Wisley Pereira.
Pereira explica que essa decisão parte de todo conhecimento adquirido pela rede SESI ao longo dos sete anos de transição e implementação do Novo Ensino Médio, que foi aprimorado para esta nova fase. O SESI irá investir, até o final do ano que vem, mais de R$ 30 milhões na construção dos materiais didáticos, avaliações e orientações alinhados às novas diretrizes, e incorporando os aprendizados que teve até aqui.
Orientações nacionais serão publicadas até março
A reforma já chega em 2025 para os estudantes da 1ª série do ensino médio com um currículo de transição. Jovens que já estavam no ensino médio poderão seguir no modelo atual ou migrar para o novo, a depender do sistema de ensino.
Os parâmetros nacionais para a oferta dos itinerários formativos serão publicados até o final de março de 2025 e vão guiar as redes a construírem os próprios itinerários de aprofundamento, com orientações sobre as competências e habilidades que deverão ser desenvolvidas em cada área do conhecimento. Os estados têm até 2026 para desenvolverem novos currículos totalmente alinhados às diretrizes.
"Seja na Educação Profissional Tecnológica (EPT) ou nos caminhos formativos de especialização, as novas orientações ressaltam a formação completa e integrada, promovendo uma maior conexão curricular com a Formação Geral Básica (FGB). Isso assegura a contextualização e a interdisciplinaridade, sem desconsiderar as bases epistemológicas e históricas de cada componente curricular", afirma o relator do projeto e conselheiro do Conselho Nacional de Educação, Gastão Vieira.