A questão energética foi tema da palestra de abertura do seminário que discutiu o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), realizado hoje, pela Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEP).

Participaram da palestra intitulada O PAC nos setores de Energia Elétrica,  Saneamento Básico e Recursos Hídricos: Oportunidades e Desafios o coordenador-geral de Planejamento Elétrico do Ministério de Minas e Energia, José Luiz Scavassa, e o chefe da Assessoria Técnica da vice-presidência da República e integrante do Projeto da Transposição do São  Francisco junto ao Ministério da Integração, Francisco Jácome Sarmento.

José Luiz Scavassa apresentou um histórico da evolução do setor energético brasileiro, que antes era uma modelo estatizante, mantido pelos estados e hoje se transformou em um modelo competitivo. Ele afirmou que as obras que apresentadas no PAC relacionadas ao setor energético consistem na expansão da rede básica , com tensões acima de 230 kw. Na Paraíba, essa expansão chegará até a cidade de Coremas. O Nordeste será contemplado com investimentos de R$ 30 bilhões para a área de energia.

Ele destacou a importância da realização do seminário. "É muito importante que se tenha seminários discutindo e avaliando o  Programa de Aceleração do Crescimento, inclusive para ter uma visão mais profunda do PAC que foi elaborado pelo governo. É preciso então saber como o Programa se desenvolverá e como será alinhado para postura do governo e a realização de todas as obras previstas até 2010", afirmou.

O chefe da Assessoria Técnica da vice-presidência da República e
Integrante do Projeto da Transposição do São Francisco junto ao Ministério da Integração, Francisco Jácome Sarmento, falou sobre os desafios do Nordeste, no setor de Recursos Hídricos, afirmando que a região tem prioridade no Programa de Aceleração do Crescimento, já que é a mais deficitária em termos de disponibilidade de água. Ele afirmou que a região será contemplada com a integração e revitalização das bacias hidrográficas, a exemplo do Rio São Francisco e da Bacia do Rio Parnaíba, e ainda com as obras de armazenamento e distribuição de água.

Ao todo, o país terá investimentos de R$ 12,7 bilhões em recursos hídricos. Jácome, destacou as obras que serão realizadas na Paraíba, "A Paraíba será contemplada com cerca de R$ 760 milhões ao longo de quatro anos em projetos de adutoras e irrigação. Na parte de adutora temos Acauã, Congo, Sistema Adutor Abiai Papocas, que é um sistema que vai reforçar o abastecimento de água da capital da Paraíba, e na parte de
irrigação nos temos outro que é Varzeás de Sousa, além de outro chamado de  Planície Costeira, que foi uma inserção feita, entre o Ministério da Integração, e o governo do Estado que visa a integração das bacias do Rio Paraíba com Mamanguape e Araçagi, e isso possibilita além do abastecimento de mais de 17 municípios", disse.

O setor de transportes também foi alvo do seminário, que começou às 8h30 e reuniu mais de 300 pessoas no teatro Armando Monteiro Neto, em João Pessoa.