Compartilhar

Estudantes do SESI de Bayeux (PB) criam aplicativo de casa “inteligente” para idosos

Por Agência do Rádio Mais - Publicado 07 de fevereiro de 2020

No torneio, os estudantes vão cumprir provas de programação de robôs

Cinco estudantes do SESI de Bayeux (PB) estão no Distrito Federal para disputar etapa regional do Torneio de Robótica da FIRST Lego League (FLL). A equipe da cidade concorrerá, nesta sexta-feira (7) e sábado (8), com outros 26 grupos da capital federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e de Sergipe. As três mais bem classificadas garantirão vaga para a fase nacional do torneio, que será de 6 a 8 de março, em São Paulo. 

No torneio, os estudantes vão cumprir provas de programação de robôs e apresentar soluções projetadas para melhorar a vida nas cidades. A equipe “Criadores de Gigantes” criou um projeto que pretende dar mais qualidade de vida às pessoas idosas por meio da tecnologia. Trata-se de um aplicativo que permite ao usuário acionar, remotamente, comandos da própria casa, como por exemplo, ligar aparelhos domésticos ou acender luzes.

Técnico da equipe e professor do SESI local, Wendel George de Carvalho, lembra que algumas funções do dispositivo criado pelos alunos só podem ser utilizadas em residências com projetos específicos, como o modelo de casas “inteligentes”, do qual aparelhos e instalações podem ser conectados a smartphones.

Carvalho destaca que a inovação também pode ser útil para quem não possui a integração tecnológica dentro de casa, já que disponibiliza ao usuário um controle de agenda, como data de compromissos e horário para tomar as medicações. O educador lembra que esse recurso também pode ser utilizado por enfermeiras e cuidadores.

“Além dos recursos de lembrete de tomar remédios e beber água, o aplicativo tem um alerta contra sedentarismo que informa ao idoso que ele está sentado há muito tempo e que precisa fazer alguma movimentação física, que pode ser uma caminhada”, destaca o professor.

A Criadores de Gigantes é formada pelos estudantes Wendel Stanly Silva (16), Melkysedeque Marques de Oliveira (16), Nataniel Matheus Fernandes (16), Kaylane Pereira Francelino (16) e Fátima Beatriz do Nascimento (14).

Regional do Espírito Santo

Outra equipe do SESI de Bayeux que vai disputar o Torneio Regional de Robótica é a “Criadores do Amanhã”, também comanda pelo professor Wendel. Diferentemente da primeira turma, esta participará da competição no estado do Espírito Santo, nos dias 14 e 15 de fevereiro. Quem passar desta fase também disputará a etapa nacional, em São Paulo.

Para elaborar o projeto, o grupo criou uma lixeira com biodigestor que transforma lixo orgânico em biogás para a geração de energia elétrica. A integrante Eloisa Rebeca Firmino, 15 anos, explica que o dispositivo deverá conter esterco animal, o que vai gerar bactérias que se alimentam de resto de comida e produzem o gás metano.

“Quando esse gás é gerado, passa para um recipiente que contém água, onde o gás de metano sobe e passa para o setor de armazenamento. É justamente esse gás que será utilizado na geração de energia”, detalha.

Além de Eloisa, a equipe ainda conta com os estudantes Miguel Henrique Soares (15), Hellen Yasmin Alves (16), João Kennyd da (15) anos e José Eduardo Bernardino da Silva (15).

Soluções para cidades

O Torneio de Robótica FIRST LEGO League reunirá 100 equipes formadas por estudantes de 9 a 16 anos e promove disciplinas, como ciências, engenharia e matemática, em sala de aula. De 31 de janeiro a 16 de fevereiro, haverá as disputas regionais. Os melhores times garantem vaga na etapa nacional, que ocorre entre 3 e 6 de março, em São Paulo.

O objetivo é contribuir, de forma lúdica, para o desenvolvimento de competências e habilidades comportamentais exigidas dos jovens. Todo ano, a FLL traz uma temática diferente. Em 2020, os competidores terão que apresentar soluções inovadoras para melhorar, por exemplo, o aproveitamento energético nas cidades e a acessibilidade de casas e prédios.

“Os alunos recebem um tema, problematizam e, a partir daí, criam projetos para cidades inteligentes. Esses projetos precisam ter conexão com a robótica. Eles começam a trabalhar em equipe para criar soluções úteis para a sociedade”, explica o diretor de Operações do Departamento Nacional do SESI, Paulo Mol.

Outras Notícias