Inclusão Digital na Indústria Paraibana
Por Diego Araújo - Campina Grande/PB - Publicado 10 de julho de 2008
A realidade do mercado de trabalho nos inspira a estar cada vez mais atentos às suas tendências e ex
A realidade do mercado de trabalho nos inspira a estar cada vez mais atentos às suas tendências e exigências. A habilidade com as ferramentas tecnológicas é requisito imprescindível no universo profissional e, até mesmo, no meio social. Contudo, a condição do Brasil em relação à democratização da tecnologia ainda é bastante tímida. De acordo com o Centro de Estudos sobre Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC), até o ano passado, 47% da população brasileira jamais havia utilizado um computador; 59% nunca havia acessado a internet; e somente 24% dos domicílios possuíam computadores.
Tentando mudar um pouco essa realidade através de uma ação socialmente responsável, o SESI Centro de Atividades João Rique Ferreira, situado no Distrito Industrial de Campina Grande, está fazendo sua parte assumindo o compromisso de levar o curso básico de informática a 160 alunos, colaboradores da empresa São Paulo Alpargatas. As aulas tiveram início na última segunda-feira (/07).
“O objetivo desse Projeto de Inclusão Digital é dar acesso para o trabalhador da indústria desenvolver suas habilidades com as ferramentas da tecnologia da informação. É mais uma qualificação que esperamos, futuramente, expandir para outras empresas”, destacou a gerente do Centro de Atividades João Rique Ferreira, Grinete Pinheiro.
O curso compreende, além dos módulos básicos de informática como Windows, Word, Excel e Internet, temas transversais, que serão trabalhados ao longo das aulas. “Dentro da informática, os alunos terão noções de assuntos relacionados à sua rotina de trabalho, como qualidade de vida, saúde e segurança no trabalho. Esse se torna o grande diferencial do nosso curso de inclusão digital”, frisou Grinete.
As aulas estão ocorrendo na sala de inclusão do Centro de Atividades, nos três turnos. São oito turmas de 20 alunos cada, totalizando os 160 beneficiados. A instrutora do curso, Silvia Ivanilde de Oliveira, garante que, apesar de muito recente, os alunos já demonstram grande interesse pelas aulas. “Noventa por cento dos alunos não sabiam nem ligar o computador, por isso a vontade de aprender deles é imensa. Muitos chegam um pouco mais cedo para poderem ficar treinando. Acredito que as turmas vão ter um excelente desempenho”, ponderou Silvia.
Para Jorge Antônio de A. Cardoso, operador de máquinas da Alpargatas, o projeto de inclusão digital veio em boa hora e está possibilitando uma ótima chance dele se atualizar. “Eu cheguei a fazer um curso em 1999, mas de lá pra cá muita coisa mudou e não me sinto preparado para o mercado de trabalho. Hoje em dia a informática é essencial. Estou gostando bastante das aulas, a didática está bem dinâmica e direta, o que facilita o aprendizado”, disse Jorge.
Outras informações sobre o Projeto de Inclusão Digital no Centro de Atividades João Rique Ferreira, ou pelo telefone: ()3331-5090.
Colaboração/Texto/Fotos: Fernanda Castro.