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Já se inscreveu para o maior torneio de robótica do Brasil?

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 29 de outubro de 2019

Mais de 500 equipes já se inscreveram na modalidade FIRST LEGO League

Torneio SESI de Robótica FIRST LEGO League (FLL) já tem mais de 500 equipes inscritas para participar da competição. Como cada equipe tem entre dois e dez alunos, a estimativa do Serviço Social da Indústria (SESI) é de que mais de 5 mil alunos de escolas públicas e particulares de todo o país estejam envolvidos em projetos de robótica, pensando em soluções para ‘Cidades Inteligentes’, tema da atual etapa do torneio. 

“O interesse dos estudantes é animador e comprova que o Brasil entrou de vez no universo da robótica. No futuro, isso resultará na formação de jovens profissionais muito mais preparados para o mundo do trabalho”, comemora Paulo Mól, diretor de operações do SESI.

Desde que começou a realizar torneios na modalidade FLL, em 2013, o SESI, operador oficial da competição no Brasil, vem registrando um interesse crescente por parte dos estudantes. 

ETAPAS - As equipes inscritas disputam, primeiro, os torneios regionais, entre dezembro próximo e fevereiro do ano que vem. Deles virão as cem equipes qualificadas para o Torneio Nacional de Robótica, que será realizado em março de 2020, em São Paulo (SP). 

Nesta edição, cujo tema é ‘Cidades Inteligentes’ (City Shaper), os estudantes terão de elaborar soluções para problemas que prejudicam a vida das pessoas nas grandes metrópoles. Acessibilidade, sustentabilidade e criatividade serão quesitos altamente necessários para as equipes conseguirem se destacar. 

SOLUCIONANDO PROBLEMAS – Em todo o Brasil, de uma ponta a outra, as equipes estão debruçadas em seus projetos, realizando pesquisas para explicar o problema escolhido. Elas também já trabalham em cima dos tapetes onde pequenos robôs feitos de LEGO terão que desempenhar funções por meio da programação.

A equipe Bisc8, do SESI Sobradinho (DF), vai trabalhar a questão do lixo. “Observamos que, apesar de vivermos em Brasília, uma cidade planejada, é comum se ver uma quantidade exagerada de lixo pelas ruas, especialmente na área central da cidade”, explica Amanda Coelho, de 16 anos.

“Para a nossa pesquisa, entramos em contato com os responsáveis pela coleta de lixo de Brasília, buscando compreender melhor como isso é feito”, afirma Gabriela Paulino, de 15 anos.

Já a equipe Ohana, também do SESI Sobradinho, escolheu o tema poluição como problema. “Esse é um problema mundial, se encaixa em várias cidades do mundo”, explica Luís Eduardo Charles, de 16 anos. “Estamos fazendo pesquisas, principalmente, recuperando reportagens antigas sobre poluição do ar e da água”, diz Débora Tamanine, de 15 anos. 

O Brasil entrou de vez no universo da robótica. No futuro, isso resultará na formação de jovens profissionais muito mais preparados para o mundo do trabalho, avalia Paulo Mól

FAIR PLAY - Além do projeto escrito, explicando o tema escolhido e as pesquisas realizadas, e do robô de LEGO, que precisa desempenhar suas missões no tapete, as equipes também são avaliadas num outro quesito chamado, em inglês, de core value (valores fundamentais).

A equipe precisa demonstrar que é capaz de participar de uma competição de forma amigável, sabendo que ajudar o outro é fundamental (o equivalente ao fair play no mundo do esporte). 

As duas equipes do SESI Sobradinho – Bisc8 e Ohana - prometem não perder pontos nesta avaliação. “Estamos sempre interagindo e nos ajudando, trocamos várias informações no projeto de pesquisa”, diz Amanda Coelho, da Bisc8.

Para se ter uma ideia, eles treinam na mesma sala e já tem até uma dancinha ensaiada, que eles esperam poder apresentar no torneio nacional, em SP, em março de 2020.

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