Ele já tem 18 anos. Sujeito sério, calado, sorriu quando perguntamos o porquê de sua presença no Programa Ação Global. A resposta foi simples: “Também sou cidadão! Vim exercer os meus direitos”. Estamos falando de José Antônio dos Santos, índio da aldeia São Francisco do município da Baía da Traição. O jovem nativo se dirigiu à cidade de Rio Tinto, a
Conquistando a cidadania
O primeiro deles, a identidade. Depois ficou mais fácil para retirar o CPF e a Carteira Profissional do Trabalho.
Como José Antônio, tantos outros representantes das comunidades indígenas obtiveram o mesmo privilégio. Depois de participar da
apresentação do “Toré”, ritual da tradição indígena, Josivaldo Pereira, da tribo Potyguara, foi beneficiado com atendimento de otorrinolaringologia, oferecido pela UNIPÊ, instituição de ensino superior, que há dois anos é voluntária do programa.
“Em 2006, participamos do evento com o curso de fonoaudiologia. Ao percebermos que a responsabilidade social também contribui para a formação acadêmica dos nossos alunos, este ano, trouxemos estudantes de seis cursos: fonoaudiologia, psicologia, enfermagem, educação física, fisioterapia e odontologia”, afirmou Paulo Padilha, coordenador da UNIPÊ.
Mas, o Programa Ação Global não é exclusividade das comunidades indígenas. A população dos municípios, que compõem o Vale do Mamanguape, também participam desse mutirão de cidadania. Enquanto os pais recebem atendimento, as crianças os aguardam nas oficinas de educação.