O ensino a distância é uma modalidade que procura englobar de maneira flexível conteúdos e atividades de cada disciplina mediada por tecnologias. Essa modalidade é pensada e projetada para oferecer todo o suporte necessário de atendimento ao processo de aprendizagem, como videoaulas, tutores com disponibilidade em horários flexíveis, fóruns de discussão, ambiente virtual de aprendizado e outros recursos tecnológicos que favoreçam o ensino a distância mesmo a médio e longo prazos.
Durante a quarentena, para que os estudantes tivessem o menor impacto possível no seu desenvolvimento escolar e o calendário letivo não fosse comprometido, as escolas SESI e SENAI adotaram em sua metodologia o ensino remoto. A ideia é que professor e alunos tenham interações nos mesmos horários em que as aulas da disciplina ocorreriam no modelo presencial. Ou seja, se mantém a rotina de sala de aula em um ambiente virtual que permite o acesso simultâneos dos alunos.
Para Elisângela Souza, Instrutora de Gestão do SENAI de João Pessoa, a experiência de ensinar em tempos de pandemia está sendo desafiadora e motivadora, pois como docente que ama o ofício, antes mesmo da pandemia, ela já havia entrado em um processo de desenvolvimento e conhecimento das ferramentas digitais. “Posso dizer que recebemos uma grande contribuição do SENAI, com a promoção de constantes treinamentos, dando-nos o suporte necessário para esta evolução pessoal e profissional”, conta.
Na visão de Francileudo Lucena, professor de Matemática da escola SESI de Patos, o maior desafio do ensino remoto é fazer com que a aprendizagem não se perca mediante esse novo processo. “Como professores, nós sabemos das limitações que nossos alunos enfrentam como falta de internet, questão de um espaço para o estudo, os problemas familiares e a convivência em casa”, analisa. Para ele, é gratificante ver o comprometimento dos alunos. “Por exemplo, quando os alunos têm problemas de internet, sempre comunicam, buscam saber o conteúdo repassado e se podem enviar a atividade”, relata o professor.
O que mudou na relação aluno e professor?
Com a educação 4.0, o papel do professor em sala de aula acaba passando por algumas mudanças. Ele deve atuar como um pesquisador, que provoca o aluno a ser também curioso e descobrir a partir de seus próprios questionamentos. Inclusive, criar vínculos para fortalecer o processo educativo dos estudantes. Quando os professores e os alunos mantêm um bom relacionamento em sala de aula, o aprendizado se torna mais eficiente e passa a existir um maior engajamento de ambas as partes.
A professora do SESI Bayeux, Kaline Ferreira, conta que o diferencial nas suas aulas é a adoção da educação humanizada. “Sempre cultivei um bom relacionamento com nossos alunos e essa relação tem se mantido também no ensino remoto. Sempre procuro trazer um pouco daquele calor humano para as aulas ao vivo. Às vezes na live até parece que estamos em sala de aula presencial, os alunos fazem perguntas e comentários amigáveis que trazem mais descontração para aula”, explica.
Ainda sobre a importância da relação professor-aluno, Elisangela Souza complementou. “Pude constatar que as aulas remotas, contribuem para manter o índice de interesse e confiança mútua. Mas, precisei trabalhar com eles a relevância do gerenciamento do tempo para a formatação do aprendizado. Com isso, busquei transmitir que a vida continua, você muda a rota, mas não o alvo”, conta ela. “Promovia aula no Google Meet, onde sempre solicitava que deixassem as câmeras abertas, enviava mensagens e áudios motivacionais e mantinha um diálogo individualizado quando “sentia a ausência” do discente nas aulas e execução das atividades”, concluiu a professora.
Fontes: http://portal.mec.gov.br/
https://sae.digital/aulas-remotas/
Texto/Colaboração: Bruna Martins