Quem diria que um dia veríamos os jovens das grandes cidades brasileiras, acostumados a idolatrar artistas estrangeiros, enlouquecidos por causa de um ritmo que, até pouco tempo, sofria grande preconceito. Pois, é isso o que está acontecendo com o forró, essa mistura “ altamente inflamável” de ritmos africanos e europeus que aportaram no Brasil, no início do século.

 

O nome “forró” já é controverso, pois, há quem diga que vem de “ for all” (em inglês “ para todos”) e que indicava o livre acesso aos bailes promovidos pelos ingleses que construíam ferrovias em Pernambuco no início do século. No entanto, há quem defenda a tese de que a palavra forró vem do termo africano “forrobodó”, que significa festa, bagunça. E se a própria palavra possui esta dupla versão para seu significado, imagine os ritmos que compõem o forró. São tantos e tão diferenciados, que não deixam dúvida sobre de onde vem a extrema musicalidade do forró. Afinal, uma música que tem entre suas influências ritmos tão diversos como o baião, o xote, o xaxado, o coco, o vanerão e as quadrilhas juninas, só poderia mesmo originar uma dança que não deixa ninguém parado.

 

É esse resgate da cultura regional que inspira PROJETO SESI FORRÓ NA EMPRESA. A proposta é levar aos industriários e os seus dependentes, o conhecimento da contribuição cultural ao nosso Estado, com repertórios de músicas regionais como: xote, xaxado, baião entre outros, além de exposições sobre “Os elementos que compõem a Cultura Identidade Nordestina”. A idéia é proporcionar o contato com a arte-educação, democratizando, assim, os bens culturais na busca da construção de um mundo melhor e de respeito à cidadania, de forma integrada com a área de Educação.

 

Em 2008, a meta é beneficiar 12 mil participantes, entre trabalhadores e dependentes, através do atendimento a 40 empresas paraibanas, sendo 15 em João Pessoa e Bayeux, cinco em Rio Tinto, 10 em Campina Grande, cinco em Sousa e mais cinco em Patos. “O novo perfil do projeto homenageia cinco ICONES da Cultura Identidade Regional da Paraíba. Na prática, o nosso objetivo é trabalhar o período junino não apenas com o espírito comemorativo, mas também com o trabalho educativo de resgate aos valores históricos de nossa gente”, completou Diana Uchoa, Coordenadora de Cultura do SESI/PB. Confira a programação e os artistas que serão homenageados: