No SESI Distrito Industrial de Campina Grande, há
Sempre atentos em sala de aula
Unidos, estudantes do ensino médio se desdobram em aulas teóricas e práticas, mediante o desafio de serem competitivos, mesmo sendo portadores de deficiência visual. O que parece complicado, torna-se fácil, quando os colegas de visão se misturam aos que têm visão de futuro. “Não vejo diferença. Não me sinto melhor que eles só porque enxergo. Acredito que somos iguais em tudo”, disse a estudante Aline, que divide a sala com 12 colegas deficientes visuais.
Diante do quadro, o impossível é possível. Que o diga Eduardo,
professor de Física do SESI Paraíba. De fato, ele consegue transmitir as fórmulas da disciplina de uma maneira prática. “Confesso que é um desafio. É bem verdade que a metodologia aplicada usa e abusa da teoria. Mas, o potencial desses meninos é algo, simplesmente, inacreditável”, falou.
Professor Eduardo: integração máxima
Marcelo Silva não dispensa a ajuda dos amigos. Mesmo porque, seria hipócrito falar que os estudantes especiais se viram sozinhos.
Mas, longe de uma relação de dependência, em sala de aula é desenvolvido o trabalho de equipe, com base na amizade. “Gostaria que todos soubessem que nascemos sem um dos sentidos, mas somos aprendizes da visão de um futuro próspero, porque acreditamos em nosso potencial”, revelou.
Rogério Virgínio: Não há lugar pra moleza |
Para o professor, Rodolfo Virgínio, Coordenador Pedagógico, no ritmo desses alunos, não há lugar para a moleza. Diariamente, eles freqüentam a escola do SESI, no horário das 11h às 14h, em seguida deslocam-se ao Instituto dos Cegos, onde assistem aula de reforço, praticam esporte e desenvolvem aptidões culturais. “É importante destacar que muitos dos nossos alunos são aprovados nas universidades e, portanto, profissionalizam-se, conquistando, assim seu espaço no mercado”, afirmou.
Fotos: Silvia Nogueira